JULHO VERDE E BORDÔ: A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DOS CÂNCERES DE CABEÇA E PESCOÇO


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Alerta também para a campanha nacional em apoio ao combate de mucosite oral em pacientes oncológicos.



O câncer bucal é um tumor maligno que acomete a boca e parte da garganta. Pode se desenvolver nos lábios, língua, céu da boca, gengiva, amígdala e glândulas salivares.

Deste modo, o câncer de boca pode se manifestar sob a forma de feridas na boca ou no lábio que não cicatrizam, caroços, inchaços, áreas de dormência, sangramentos sem causa conhecida, dor na garganta que não melhora e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na parte interna da boca ou do lábio. Nas fases mais evoluídas, o câncer de boca provoca mau hálito, dificuldade em falar e engolir, caroço no pescoço e perda de peso.

Além disso, o fumo e o álcool são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer da boca. Pessoas que fumam e consomem bebidas alcoólicas excessivamente têm maior risco de desenvolver o câncer de boca. O risco aumenta quanto maior for o número de cigarros e de doses de bebidas consumidos.

Certamente, a falta de higiene bucal e a alimentação pobre em vitaminas e minerais, principalmente em vitamina C e a exposição excessiva ao sol também aumenta o risco de desenvolvimento do câncer do lábio.

Sem dúvidas, quanto antes descobrir a doença, maiores são as chances de recuperação, então, o exame rotineiro da boca feito por um profissional de saúde pode diagnosticar lesões no início, antes de se transformarem em câncer. Pessoas com mais de 50 anos que fumam e bebem devem estar mais atentas e ter sua boca examinada pelo menos uma vez ao ano.

Sabe-se que, os profissionais de saúde treinados da atenção primária podem realizar o exame.

Porém, há a possibilidade de ser feito o autoexame da boca, que é uma técnica simples em que a própria pessoa utiliza para conhecer a estrutura normal da boca e, assim, identificar possíveis anormalidades. Estas, na maioria das vezes, são identificadas como mudanças na aparência dos lábios e da parte interna da boca, endurecimentos, caroços, feridas e inchações. Entretanto, esse exame não substitui o exame clínico realizado por profissional de saúde treinado. Para a realização do autoexame são necessários um espelho e um ambiente bem iluminado. Mesmo que não encontre nenhuma alteração, é importante a consulta regular ao cirurgião-dentista para exame clínico da boca.

Contudo, para que haja uma diminuição de casos da doença, é importantíssima a participação da população ao limitarem o uso de álcool e tabaco, e também o uso regular de filtro solar.

Converse com o seu cirurgião-dentista e informe-se sobre o exame clínico da boca.

Fonte: INCA

 

Dr. José Augusto Pereira da Cruz

Cirurgião-Dentista Especialista em Saúde Coletiva e Odontologia do Trabalho

CRO/SP: 132.839